quarta-feira, 24 de junho de 2015

O Desenvolvimento e a Situação Atual da Literatura Infantil Chinesa

SUN XUEYAO, Nº 9258306
LEONG HIO HENG, Nº9257987

Introdução


       Na China antiga, milhares de anos atrás, já se ponderava sobre a educação de crianças e jovens. Vários dos textos compostos naquela época foram difundidos e chegaram aos dias de hoje cheios de vitalidade, sendo de grande relevância na alfabetização e na construção de conceito moral. Os textos literários infantis na China são fáceis de ler e compreender, pois se assemelham as canções, assim as crianças simplesmente os transpõem. Eles influenciaram a vida de muitos chineses que, com eles, aprenderam, além do idioma, geografia, história chinesa e as sociedades do país. Particularmente os princípios morais contidos neles, ainda hoje, são modernos e atuais, daí continuam sendo reverenciados. Assim neste texto, o ponto central é o desenvolvimento de Literatura Infantil Chinesa desde antiguidade até hoje. Também vai ser discutidos um pouco sobre a situação da literatura infantil chinesa hoje e os obstáculos do desenvolvimento dela.



Conteúdo


I. Literatura Infantil Chinesa no tempo antigo

       
       Antigamente, não havia o reconhecimento da ‘’Literatura Infantil’’ chinesa. Mas já havia a existência Literária Infantil, resultado da fusão verbal em folclórica. Depois do aparecimento dos Ideogramas chineses. A partir do período caracterizado como Dinastia Qin. Os chineses criavam com imaginações ricas muitas obras literárias para que as crianças pudessem fazer uma boa leitura, tais quais poemas, mitologias, lendas, fábulas, charadas, literatura oral transpondo reflexões sobre a sociedade, o respeito para natureza e objetivando a educação infantil.

       De acordo com o estudo da literatura infantil chinesa(Schmaltz, 2008), demostra que o intuito é a educação moral, passando à expansão cultural, socialização e regramentos sociais. Relevando a formação, por causa da milenar cultura Chinesa, persistências do sistema Feudal, todavia, o avanço foi causado por esse enredo.
       Os imperadores ancestrais utilizavam­na para a explanação, honestidade e a praticidade. Contudo, respeitando a hierarquia social. Consequentemente, desde a infância, as pessoas foram transmitidas por essa concepção, coordenando o pensamento infantil a se fixar na realidade, desviando da “selvas primitivas” dos contos, das mitologias, das lendas e por fim, atuação.
       Durante longo tempo, com a influências importante de Confúcio1, a produção literária infantil tem origem numa cultura social alicerçada em um rígido código moral, onde o gênero esteve a serviço da educação. Isto também limitou, em certa medida, a imaginação e a paixão de Literatura Infantil Chinesa porque “Confúcio não fala sobre o sobrenatural, absurdos e heterodoxos”.

       Na época antiga, as primeiras “obras infantis oficiais” anteriores como San Zi Jing (Ode de Três caracteres Clássicos), Bai Jia Xing (Centenas de Sobrenomes), You Xue Qiong Lin (Conhecimentos Elementares das Crianças), Qianzi Wen (O Livro dos Mil Caracteres Clássicos), Ershisi Xiao (Os Vinte e quatro filhos virtuosos), entre outros, esses livros em versos são os melhores exemplos de cartilhas educativas. Seu principal objetivo é fazer com que as crianças aprendam os caracteres e os princípios morais e culturais do país2.
       “Ode de Três caracteres Clássicos” foi lançado durante a Dinastia Song (960­1279) e modificado posteriormente. O título se deve ao fato de cada uma de suas frases ter três caracteres. Em 500 frases são expostas ideias e ensinamentos que ainda exercem profundo impacto sobre o povo chinês. A UNESCO incorporou a obra a uma lista de livros obrigatórios dedicados à educação moral na infância. Foi traduzido para muitas línguas, razão pela qual seu alcance é mundial.
       “Centenas de Sobrenomes” foi composto na Dinastia Song. É uma leitura básica dos sobrenomes chineses, sob a forma de canções.
       “Conhecimentos Elementares das Crianças” foi compilado durante a Dinastia Ming (1368­1644). Seu rico conteúdo foi considerado como uma mini­enciclopédia das ciências naturais e sociais. Neste livro estão relatadas ricas e expressivas tradições históricas e culturais da China através de histórias que ainda impressionam os leitores.
       “O Livro dos Mil Caracteres Clássicos” foi compilada durante a Dinastia Liang (502­549), contem 1000 caracteres não repetidos e abarca as matérias consideradas básicas da educação, tais como a Natureza, a História, a Sociedade e a Ética de conduta individual, sendo um dos primeiros livros escolares de base conhecido.
       “Os Vinte e Quatro Filhos Virtuososfoi compilada durante a Dinastia Yuan (271-1368). É um conjunto de histórias sobre vinte e quatro filhos virtuosos. A piedade filial na filosofia confucionista, é uma virtude de respeito aos seus pais e antepassados, sendo muito importante para os chineses, por isso a gente na época infantil é difundida esse conceito por esse livro.

       Além disso, também tem tem muitos contos de incentivos aos estudos que contem histórias de figura famosa para inspirarem as crianças e fazer lhes serem estudiosas. Esses contos são Meng Mu Ze Lin (A mãe de Mêncio Seleciona Sua Vizinhança), Kongzi De Laoshi (O professor de Confúcio), Che Yin Nang Ying (Os métodos de Che Yin para ler à noite), Lu Wenshu Yong Pucao Chaoshu (Lu Wenshu escreve em folhas de junco), etc.
       "Os métodos de Che Yin para ler à noite" é um mais popular deles para demonstrar às crianças o espírito incentivo e vontade de estudar. Essa história fala sobre um moço estudioso na família pobre queria estudar, mas não tinha dinheiro para usar lamparinas a óleo como iluminação, porque nos tempos antigos não havia eletricidade. Ele tinha que trabalhar para a família durante o dia, e só tinha tempo para estudar à noite. O que poderia fazer? Em certa noite de verão, estava a caminho de casa, ele viu muitos vaga­lumes voando. Uma ideia surgiu em sua cabeça. Ele pegou alguns bichinhos e os colocou em um saco feito de gaze branca. Daí em diante, passou a usar a luz dos vaga­lumes para estudar à noite. Mais tarde, ele se tornou um sábio famoso e era muito muito respeitado pelos seus contemporâneos.



       Aliás, contos lendários, mitologias e contos históricos também são importantes para Literatura Infantil Chinesa. Um mais famoso no mundo deles é A lenda de Mulan que em 1998 os estúdios Walt Disney lançaram um longa sobre Mulan. Esse filme, baseada na lenda, conta a história de uma moça chinesa chamada Mulan numa época conturbada do Império Chinês. Um dia, sua família recebeu um aviso de recrutamento de soldado para lutar contra os inimigos. Seu pai era muito velho. Sendo filha única, ela resolveu tomar o lugar do seu pai, mascarando­se de soldado e ingressando no exército. Numa combate, ela salvou o general com seu talento excepcional. No outro combate, ela capturou o chefe das tropas inimigas. Quando a guerra terminou, finalmente, o imperador queria conceder um alto posto oficial para ela, mas ela não queria cargo oficial, nem dinheiro, apenas exigia o cavalo mais veloz para ir para casa o mais rápido possível. Ela era de fato uma heroína. Assim, a lenda de Mulan se espalhou.



       

       Como a parte integrante Literatura Infantil, a fabulosa fábula chinesa é um dos tesouros de literatura na China. Gênero literário popular, tem origem em histórias transmitidas oralmente, de geração a geração, mostrando a cultura da China e uma sabedoria popular milenar.
       “O Sonho de Zhuangzi”3 é um exemplo famoso deles. Zhuangzi Uma vez, ao pôr do sol, Zhuangzi cochilava debaixo de uma árvore quando sonhou que havia se transformado numa borboleta. Ele bateu asas, certo de que era uma borboleta... Esvoaçou aqui e ali com tal regozijo que logo se esqueceu de que era Zhuangzi. E ficou confuso: era essa a magnífica borboleta que Zhuangzi havia sonhado, ou era essa borboleta que havia sonhado ser Zhuangzi? Talvez Zhuangzi fosse a borboleta! Ou talvez a borboleta fosse Zhuangzi! É esse o resultado da transformação das coisas.



II. A gestação, iniciação e desenvolvimento da literatura infantil chinesa


i. Antes do Movimento Quatro de Maio
     

       Embora a primeira era de ouro da literatura infantil mundial começou na Inglaterra no século XIX, a literatura infantil chinesa foi vista como uma área literária independente só depois do Movimento Quatro de Maio no ano 1919. Quando as pessoas chinesas de visões avançadas perceberam que era necessário construir a literatura infantil para as crianças, a literatura infantil dos países ocidentais já estava na muito frente tanto à qualidade, como à quantidade.
       A primitiva chamada de atenção à literatura infantil teve lugar nos finais da Dinastia Qing4. Além das promoções de algumas pessoas de pensamento avançado no contexto de teoria, emergiram uma séria de jornais e revistas infantis como Xiaohai Yuebao (Criança Mensal, 1875)Mengxue Huabao (Jornal Pictórico de Iluminação, 1908), Yuyan Bao (Jornal de Fábulas, 1901), Mengyang Xuebao (Jornal Educacional de Crianças, 1908), Tongzi Shijie (Mundo das Crianças, 1903) etc.


Mundo das Crianças


Criança Mensal

       A considerável parte do conteúdo destes jornais e revistas era a tradução e adaptação das histórias estrangeiras e claro, também contém as histórias dos escritores nacionais (incluindo as de crianças). Algumas publicações adultas de então traduziram um certo número de obras proprietárias para crianças. A maior parte delas foram novelas, tendo como exemplo Emílio, ou Da Educação e Robinson Crusoe. A introdução dessas obras trouxe a certa influência de fora e objetivamente, deixou a nossa literatura infantil a ser primitivamente preparada para o desenvolvimento em seguida.    
Liang Qichao5 é considerado como o primeiro promotor da literatura infantil chinesa. Ele não só tinha sucessos nas teorias de literatura infantil, como também passou tempo escrevendo alguns poemas para crianças, por exemplo, Aiguo Ge (Canção Patriótica), Huang Di Ge (Canção de Huang Di), Zhongye Ge (Canção de Graduação). Depois do fracasso da Reforma dos Cem Dias no ano de 1902, ele criou a revista Nova Novela onde se publicavam principalmente obras literárias para adultos mas além disso, ele também viu-a como um centro do crescimento da literatura infantil. Um outro poeta famoso dos finais da Dinastia Qing, Huang Zunxian (1848-1905), era um promotor de poesia infantil tanto ativo como Liang e escreveu muitos bons poemas infantil como Youzhiyuan Shangxue Ge (Canção de Ir para a Jardim Infantil).

       Quando à história da literatura infantil chinesa, o que tem que ser mencionado é os dois editores estabelecidos no início deste século em Shangai: The Commercial Press e Zhonghua Book Company. Fundado em 1902, The Commercial Press publicou 77 volumes da série Tonghua (“Contos de fada”) na primeira versão. A publicação dela durou de novembro de 1908 a setembro de 1923 (incluindo as versões seguintes) e tinha no total 102 histórias, das quais 68% eram estrangeiras, provocando grande influência. Desde 1911, ele criou ainda uma revista mensal abrangente Shaonian Zazhi (Revista dos Jovens, terminou em 1931) onde se publicavam novelas, contos de fada, fábulas, etc. Zhonghua Book Company também presta muita atenção na publicação de materiais de leitura da literatura infantil. Mais de dez livros como Zhonghua Tonghua (Contos de Fada Chinesas) e revistas mensais como Zhonghua Xuesheng Jie (Mundo dos Estudantes Chineses), Zhonghua Tongzi Jie (Mundo dos Meninos Chineses) foram as contribuições dele.
       O aumento do números de jornais e revistas significa a expansão do palco da literatura infantil chinesa e isso, sem dúvida, serviu da força motriz da criação e de um bom “aquecimento” do seu primeiro boom depois do New Culture Movement.


ii. Depois do Movimento Quatro de Maio


       A introdução de grande número da literatura infantil ocidental incentivou o nascimento e o crescimento da literatura infantil chinesa, ou seja, o nascimento do conceito de “literatura infantil” na China e o crescimento dela como uma área independente.

       New Culture Movement6 (1910s–1920s) representa um importante ponto de viragem na relação entre cultura oriental e cultura ocidental. Dantes, os chineses emitiam reservas em relação à cultura ocidental. Mesmo que um grande número de pessoas de pensamento aberto sugiram o aprendizado da cultura ocidental depois da Primeira Guerra do Ópio (ou Primeira Guerra Anglo-Chinesa, 1839–1842), era apenas uma sugestão e opinião que não era aceita amplamente. Foi até a ascensão do New Culture Movement é que se começou a absorção ativa das coisas estrangeiras. Nessa altura, a população reagia ativamente à cultura ocidental e muitas obras famosas da literatura infantil entraram na China, incluindo Histórias Infantis de Andersen, Contos de Grimm, Fábulas Escolhidas de La Fontaine, Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll, As Aventuras de Pinóquio de Carlo Collodi e assim por diante. Países envolvidos foram a Alemanha, a Itália, a Inglaterra, a França, a Rússia, os Dinamarquês, a Holanda, o Árabe, etc.
       A China nunca tinha tido contato com tantas obras literárias infantis estrangeiras como ela teve nessa época. De fábulas, contos, mitologias, prosas, poesia a canções, a onda das obras traduzidas abriu uma nova porta para o mundo de letras chinês, fornecendo vários bons exemplos e servindo de fonte de inspirações artísticas para a criação de literatura infantil nacional.
       Nessa altura, surgiram as obras de literatura infantil de estilo chinês, marcado pela publicação da primeira seleção de contos de fada Daocaoren (Espantalho, 1923) de Ye Shengtao7. Lu Xun8 indicou que Daocaoren de Ye “abriu um caminho de criação própria para os contos de fada chineses”. É um marco fundamental na história da literatura infantil chinesa contemporânea.




       Desde Movimento Quatro de Maio até à Segunda Guerra Sino-Japonesa, literatura infantil experimentou um período de rápida desenvolvimento na China, durante o qual várias publicações influentes foram criadas. As obras literárias da literatura infantil na Guerra tinham principalmente características fortes dessa época, acordando o espírito de resistência contra os inimigos, o de união e o patriotismo dos menores de idade. As mais influentes são Jimaoxin (Carta de Pena de Galinha) de Hua Shan e XiaoYingixong Yu Lai (O pequeno herói Yu Lai) de Guan Hua. São ambas novelas infantis.

Carta de Pena de Galinha

O Pequeno Herói Yu Lai

       Do começo da fundação da República (1949) até ao meio da década 1960, mesmo que encontrasse alguns obstáculos, a literatura infantil estava avançando em geral. Tanto a qualidade como a quantidade estavam progredindo. Bons trabalhos surgiram sucessivamente, não só de tema histórico, mas também do dia a dia de então. O tópico e o estilo avariaram muito. Como a União Soviética foi o primeiro país socialista, era visto pela recém-nascida China como bom e único exemplo de que pode aprender. Esse fenómeno de aprendizado logo divulgou da área política a vários outros campos, incluindo literatura. Dessa maneira, na década depois da fundação da República, o país traduziu e publicou numerosas obras da literatura infantil soviética.
       No entanto, os dez anos da Revolução Cultural Chinesa (1966-1976) foi uma grande tragédia para a nação, provocando danos irreparáveis em quase todos os aspetos, especialmente educação e literatura. Só depois do fim desse desastre é que a literatura infantil se começou a recuperou e os autores da literatura infantil familiares para a nossa geração apareceram, como por exemplo Qin Wenjun, Hang Hongying e Zheng Yuangjie. Quanguo Youxiu Ertong Wenxue Jiang (“O Prémio Nacional de Excelentes Obras da Literatura Infantil”) que começou a ser realizado no ano de 1980 é um dos quatro grandes prémios literários na China. A criação dele ajuda a literatura infantil a dar um significante passo à frente no caminho de elevar o seu próprio estatuto.


iii. Situação atual


       Em relação ao conteúdo, as mitologias antigas e lendas tradicionais ainda fazem parte da literatura infantil atual e apareceram vários tipos de coleções e adaptações, sendo utilizadas em deferentes gêneros. Mas geralmente, o que está em posição principal é obras estrangeiras ainda hoje. Veja-se, por exemplo, a nossa geração que nasceu entre 1990 e 1995. Foram A Pequena Sereia, Cinderela, O Patinho Feio e as animações japonese importadas como Pokémon e Detective Conan que nos acompanharam o mais quando estávamos pequenos. Nu Kua9 e Mu Lan? Eles são as personagens em livros didáticos, são para as aulas mas não para se divertir e por isso, não tem nada atraente para as crianças, sobretudo quando eles entram na adolescência. A maior razão, a meu ver, é a falta de mudança das histórias tradicionais na China. Ao contrário, acontece que as pessoas de fora têm mais interesse e entusiasmo em renovar essas histórias antigas, tendo como exemplo os filmes Mulan (1998) e Kung Fu Panda (2008) da Disney. Quando esses filmes alcançaram grande sucesso, eu senti-me envergonhada – quem divulga a cultura chinesa não é chinês mas deveria ser os chineses mesmos! É verdade que algumas pessoas olham para este aspeto mas também é verdade que as renovações deles não são muito aceitas.
       A literatura infantil já avençou muito desde o início, porém, o problema ainda existe.
Embora “O Prémio Nacional de Excelentes Obras da Literatura Infantil” melhorou a situação, a literatura infantil não está em posição proprietário no mundo de letras chinês ainda hoje: é enfatizada na teoria mas é encarada com desprezo por muita gente na realidade; o valor social de trabalhos de autores da literatura infantil não é valorizado justamente; o status e o rendimento de autores são incomparáveis com os da literatura adulta e assim por diante. O resultado é a queda do número de autores. Os escritores talentosos voltam para a literatura adulta mesmo que façam certos sucessos na literatura infantil, pois assim é que se podem tornar conhecidos.
       Segundo o Sexto Censo Demográfico 2010, a China é um país que tem mais de 220 milhões de pessoas de idade 0-14. Desse modo, a quantidade e a qualidade da nossa literatura infantil estão longe de ser suficientes.



Conclusão



       Todos de fato sabem que a literatura infantil é muito indispensável porque isto pode ser uma fonte de lazer e alfabetização, incentivando a criança desde muito cedo a praticar a leitura prazerosa, ajudando a aumentar a proficiência da escrita e da própria leitura , construindo o conceito de moral e ética, dando os diferentes conhecimentos aos leitores. Fundamental na formação do indivíduo, o hábito da leitura na infância ajuda a despertar na criança o senso crítico, além de auxiliar o aprendizado.
       China é um caso especial, apesar de haver reconhecimento da literatura infantil muito tarte, desde tempo antigo, a gente tem atribuído uma grande importância à necessidade de educação das crianças e dos jovens, quer dizer, existem muitas obras literárias para que na infância as pessoas possam fazer leitura e aprender com contos, mitologias, fábulas, literatura oral, poemas, etc.
       Uma caracterização significante de literatura infantil chinesa antiga foi visar à educação moral, com fins de culturalização e incentivo ao estudo. Isto foi causado por própria cultura tradicional chinesa e sistema de feudal. Em certa medida, o desenvolvimento dela foi limitado por esses fatores. Ao longo do tempo, na China não apenas tem literatura infantil tradicional, mas também encontrou literatura infantil ocidental depois do Movimento Quatro de Maio. Isto exerceu um novo impacto para os chineses e assim começou o longo caminho dele de desenvolvimento como uma área literária independente. Mesmo que existam vários problemas como desprezo,  status relativamente baixo de autores e a onda forte de literatura infantil estrangeira, o futuro da literatura infantil chinesa ainda é esperançoso.





Notas


[1] Confúcio (551­479 a.C) é um dos principais pensadores chinês. Fundador da doutrina Confuciana, influenciou não só o pensamento do Império do Meio, mas também de toda a Ásia oriental.
[2] YU, 2014, p. V-VII.
[3] Capparelli e Schmaltz, 2007, p. 17.
[4] Dinastia Qing (1644-1911) foi a última dinastia feudal da China.
[5] Liang Qichao (1873-1929) foi um dos promotores e líderes do Movimento Quatro de Maio.
[6] De conceito geral, Movimento Quatro de Maio é considerado como continuação e desenvolvimento de New Culture Movement que visava a procura de um novo caminho de fazer a China poderosa. New Culture Movement era um dos movimentos enfatizados por Movimento Quatro de Maio.
[7] Ye Shengtao(1894-1988) foi o primeiro escritor que escreveu para as crianças na década de 1920 e também foi um famoso homem de letras na China. O primeiro conto de fada dele foi Barquinho Branco(1921). Até 1936, ele escreveu mais de 40 contos de fada.
[8] Lu Xun(1881-1936) foi representante máximo do Movimento Quatro de Mai. É considerado o pai da literatura moderna na China (Wikipédia).
[9] Nu Kua é deusa em mitologia chinesa que criou os humanos com lama.




Referências bibliográficas


CAPPARELLI, Sérgio; SCHMALTZ, Márcia. O sonho de Zhuangzi. In: Fábulas chinesas. 1. ed. Porto Alegre: L&PM Editores, 2012. p.17

FAN, Fa Jia. Ertong Wenxue Fazhanshi Gaishu (A introdução geral da história do desenvolvimento da literatura infantil chinesa). Disponível em < http://www. literature.org.cn/article.aspx?id=17459>. Acesso em 31/05/2015.

JIANG, Feng. Zhongguo Ertong Wenxue De Huigu Yu Qianzhan (A revisão e a perspectiva da literatura infantil chinesa). Disponível em <http://czh.fj61.net/show. aspx?id=473&cid=27>. Acesso em 01/06/2015.

QING, Gong. Wusi Shiqi De Ertong Wenxue Fanyi (A tradução da literatura infantil na época do Movimento Quatro de Maio). Journal of Xuzhou Normal University (Philosophy and Social Sciences Edition), v. 30, p. 41-46, out. 2004.

SCHMALTZ, Márcia. "A literatura infantil chinesa da poesia à prosa: Uma história sem espaço à criança". 2008. Disponível em <https://marciaschmaltz.wordpress. com/2008/11/15/a-literatura-infantil-chinesa-da-poesia-a-prosa-uma-historia-sem-espaco-a-crianca/>. Acesso em 08/06/2015.

WEI, Wei. Tan Wenming Fazhan Yu Waiguo Ertong Wenxue (Falar sobre o desenvolvimento de civilização e literatura infantil estrangeira). Guangming Daily, Pequim, 1 jun. 2011. Guoji Wenhua (Cultura internacional), p. 13.

YU, Hui. “Contos sobre os Três Caracteres Clássicos”. Trad. de Shang Xuejiao & Lin Manlin. 1. Ed. Pequim: Sinolingua,, 2014. 193 p. (Coleção dos clássicos chineses de cartilhas educativas, 1)




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